A Proclamação de BAHÁ´U´LLÁH AOS REIS E LÍDERES DO MUNDO
Category: Bahá’í
2:17 h
The Proclamation of Bahá´u´lláh to the kings and leaders of the world Casa Universal de Justiça 1967 Primeira edição: 1967 Segunda edição: 1977 Direitos de publicação reservados EDITORA BAHÁ´Í DO BRASIL Rua Engenheiro Gama Lobo, 267 Rio de Janeiro
A Proclamação de BAHÁ´U´LLÁHAOS REIS E LÍDERES DO MUNDO

“O tempo preordenado para os povos e raças da terra é agora chegado.”


CENTRO MUNDIAL BAHÁ´Í
HAIFA

“Só desejamos o bem do mundo e a felicidade das nações; não obstante, consideram-nos provocadores de luta e sedição, dignos de cativeiro e exílio… Que todas as nações se unam em uma mesma fé, e todos os homens se tornem irmãos; que os laços de unidade e afeição entre os filhos dos homens sejam fortalecidos; que cesse a diversidade de religião, e as diferenças de raça sejam anuladas que mal nisso?… E assim de ser: essas lutas infrutíferas, essas guerras arruinadoras, hão de passar e a “Paz Máxima” de vir… Vemos, entretanto, vossos reis e governantes gastarem os tesouros mais livremente com os meios da destruição da humanidade, do que com aquilo que lhe pudesse proporcionar felicidade… Essas lutas, carnificinas e discórdias devem cessar, e todos os homens ser como uma família… Que o homem não se vanglorie pelo amor à pátria e sim pelo amor à sua espécie…”

INTRODUÇÃO

CEM ANOS passados, Bahá´ú´lláh, Fundador da Bahá´í, proclamou, em linguagem clara e inconfundível, aos reis e governantes do mundo, aos seus líderes religiosos e à humanidade em geral, que a era, longamente esperada, de paz mundial e fraternidade, havia, finalmente, se iniciado e que Ele Próprio era o Portador da nova mensagem e do poder de Deus que iriam transformar o sistema, então prevalecente, de antagonismo e inimizade entre os homens e criar o espírito e a forma de pré-destinada ordem mundial.

Naquele tempo o esplendor e a ostentação dos monarcas refletiam o vasto poder que exerciam, autocraticamente quase sempre, sobre a maior parte da terra. Bahá´u´lláh, um exilado de sua pátria, a Pérsia, devido a Seu ensinamento religioso, encontra-se prisioneiro do tirânico e todo-poderoso Sultão do Império Otomano. Em tais circunstâncias dirigiu Suas palavras aos mandatários do mundo. Suas Epístolas a alguns reis e ao Papa, embora entregues, foram desprezadas ou rejeitadas, ficando desatendidos seus sábios conselhos e sérias admoestações, sendo que em um caso o portador de Sua mensagem foi cruelmente torturado e morto.

Bahá´u´lláh, observando aquele mundo antigo e vendo que estava “à mercê de governantes tão embriagados pelo orgulho que não podiam discernir claramente seu próprio benefício”, declarou que”… a luta que divide e aflige a raça humana cresce dia a dia. Os sinais das próximas convulsões e do caos podem ser discernidos, uma vez que a ordem atual mostra-se ser lamentavelmente defeituosa”.Embora pintando em tons sombrios o “castigo divino” que adviria à maior parte daqueles governantes, trazendo ruína aos povos do mundo, Ele, no entanto, não deixou dúvida quanto ao resultado final. “Logo”, declarou, “a ordem atual passará e uma nova será estabelecida em seu lugar”.

Desde a ascensão de Bahá’u’lláh em 1892, na Terra Santa, a transformação da velha ordem tem se tornado a experiência diária da humanidade e não se nota diminuição nesse processo. A essência da Ordem Mundial de Bahá’u’lláh é a unidade da raça humana. “Ó vós filhos dos homens”, escreve, “o propósito fundamental que anima a de Deus e Sua Religião é a salvaguarda dos interesses e a promoção da unidade da raça humana…”. E Ele adverte, “O bem-estar da humanidade, sua paz e segurança, serão inatingíveis até que sua unidade seja firmemente estabelecida”. A realização dessa unidade é a missão declarada de Bahá’u’lláh e o propósito de toda atividade Bahá’í. Seu escopo e estrutura estão indicados na seguinte passagem dos escritos de Shoghi Effendi, bisneto de Bahá’u’lláh e Guardião da Bahá’í:

“A unidade do gênero humano - assim como Bahá’u’lláh a concebeu - compreende o estabelecimento de uma comunidade mundial em que todas as nações, raças, credos e classes estejam estreitas e permanentemente unidas, e na qual a autonomia dos estados que a compõem, a liberdade e a iniciativa pessoal dos membros individuais destes, sejam garantidas de um modo definitivo e completo. Tal comunidade mundial deve abranger, segundo o nosso conceito, uma legislatura mundial, cujos membros, os representantes de todo o gênero humano, virão a controlar todos os recurso das respectivas nações componentes e criar as leis que forem necessárias para regular a vida, satisfazer as necessidades e ajustar as relações de todas as raças e povos entre si. Um executivo mundial, apoiado por uma Força internacional, efetuará as decisões dessa legislatura mundial, aplicará as leis por ela criadas e protegerá a unidade orgânica de toda a comunidade mundial. Um tribunal mundial deverá adjudicar toda e qualquer disputa que surja entre os vários elementos que constituem esse sistema universal, sendo irrevogável a sua decisão. Um sistema de intercomunicação mundial será adotado, abrangendo todo o planeta, e, livre de qualquer embaraço ou restrição nacional, funcionará com admirável rapidez e perfeita regularidade. Uma metrópole mundial será o centro da civilização mundial, o foco de convergência das forças unificadoras da vida, donde irradiar-se-ão as suas influências vigorizantes. Um idioma mundial será criado, ou escolhido dentre as línguas existentes, e será ensinado em todas as escolas de todas as nações federadas, como auxiliar a língua nativa. Uma escrita mundial, uma literatura mundial, um sistema uniforme e universal de moeda, de pesos e medidas simplificarão e facilitarão o intercâmbio e entendimento entre as nações e raças da humanidade. Nesta sociedade mundial, a ciência e a religião, as duas forças mais potentes da vida humana, serão reconciliadas, assim cooperando e desenvolvendo-se harmoniosamente. Não mais será a imprensa, sob tal sistema, perniciosamente dominada por interesses, quer particulares, quer públicos, embora de plena expressão às várias opiniões e convicções do gênero humano; libertar-se-á da influência de governos e povos querelantes. Os recursos econômicos do mundo serão organizados, suas fontes de matérias-primas serão exploradas e completamente utilizadas, seus mercados serão coordenados e desenvolvidos, e a distribuição de seus produtos será regulada de um modo eqüitativo.

“As rivalidades entre as nações, os ódios e as intrigas, cessarão, e os preconceitos e animosidades de raça serão substituídos por amizade, entendimento mútuo e cooperação. Não mais existirão os motivos da contenda religiosa, abolir-se-ão as barreiras e restrições econômicas, e a distinção excessiva entre as classes desaparecerá. A pobreza extrema, por um lado, e, por outro, a vergonhosa acumulação de bens, igualmente, acabarão. A quantidade enorme de energia que se desperdiça com a guerra, quer econômica ou política, será dedicada a fins como estes: a extensão do alcance das invenções humanas e do desenvolvimento técnico, o aumento da capacidade produtiva da humanidade, o extermínio das moléstias, a ampliação das pesquisas científicas, a adoção de mais altos padrões de saúde física, o aperfeiçoamento do cérebro humano, a exploração dos recursos do planeta que ainda não foram utilizados ou descobertos, o prolongamento da vida do homem, e a promoção de qualquer outro meio de estimular a vida intelectual, moral e espiritual da humanidade inteira.

“A meta para a qual a força unificadora da vida impele a humanidade é um sistema federal mundial, que regerá toda a terra, exercendo uma autoridade inquestionável, harmonizando e incorporando os ideais de Leste e Oeste, liberto do flagelo da guerra e suas tristes conseqüências, esforçando-se por aproveitar todas as fontes de energias existentes na superfície do planeta - um sistema em que a força subordina-se à justiça, e cuja vida é sustentada por seu reconhecimento universal de um Deus e sua lealdade a uma Revelação comum…”.

A Mensagem de Bahá’u’lláh é uma mensagem de esperança, de amor, de reconstrução prática. Sofremos hoje os amargos resultados da rejeição, pelos nossos antepassados, ao Seu divino chamado. Hoje, porém, existem novos governantes, novos povos, que porventura queiram ouvir e evitar ou mitigar a severidade da catástrofe iminente. É com esta esperança e crendo ser isto seu sagrado dever, que a Casa Universal de Justiça, o corpo governante internacional da Bahá’í, proclama novamente, através da publicação destas passagens selecionadas, a essência daquele poderoso chamado de um século atrás. Na mesma esperança e os Bahá’ís, em todo o mundo, envidarão o máximo de seus esforços, durante este período centenário, para levar à atenção de seus semelhantes o fato redentor desta nova efusão de guia divina e amor. Acreditamos que eles não trabalharão em vão.

Haifa, 1967.

ADVERTÊNCIAS AOS REIS E GOVERNANTES DO MUNDO COLETIVAMENTE

Ó REIS DA TERRA! veio Aquele que é o Senhor soberano de todos. O Reino é de Deus, o onipotente Protetor, O que subsiste por Si Próprio. A ninguém adoreis senão a Deus e, com corações radiantes, erguei a face ao Senhor, - Senhor de todos os nomes. Esta é uma Revelação com a qual nenhuma de vossas possessões jamais será comparável - pudésseis apenas saber isso.

Vemos quanto vos regozijais naquilo que tendes amontoado de outrem, enquanto vos excluís dos mundos que somente Minha Epístola Guardada pode avaliar. Os tesouros que acumulastes vos têm desviado muito de vosso objetivo final. Isso mal vos convém, se apenas pudésseis compreender. Limpai vossos corações de toda corrupção terrena e apressai-vos a entrar no Reino de vosso Senhor, Criador da terra e do céu, que fez tremer o mundo e gemerem todos seus povos, menos aquele que renunciaram todas as coisas e aderiram àquilo ordenado pela Epístola Oculta…

Ó reis da terra! A Maior Lei foi revelada neste Lugar, nesta cena de transcendente esplendor. Tudo oculto veio à luz, segundo a Vontade do Ordenador Supremo, Aquele que anunciou a Hora Final, através de Quem a Lua se rachou e todo decreto irrevogável foi exposto.

Sois apenas vassalos, ó reis da terra! Aquele que é Rei dos Reis apareceu, adornado de Sua glória, a mais maravilhosa, e vos convoca a Ele Mesmo, o Amparo no Perigo, O que subsiste por Si Próprio. Acautelai-vos para que o orgulho não vos detenha de reconhecer a Fonte da Revelação, nem as coisas deste mundo vos excluam, como se o fosse por um véu, Daquele que é Criador do céu. Levantai-vos e servir Àquele que é o Desejo de todas as nações, que vos criou por uma palavra Sua e ordenou que fôsseis, para todo o sempre, os emblemas de Sua soberania.

Pela retidão divina! Não é Nosso desejo apoderarmo-nos de vossos reinos. É Nossa Missão capturarmos e possuirmos os corações dos homens.

Nestes é que Bahá fita os olhos. Disso testemunho o Reino dos Nomes - pudésseis apenas compreendê-lo. Quem ouve seu Senhor, de renunciar ao mundo e a tudo o que nele se acha; quanto maior, pois, deve ser o desprendimento daquele que ocupa tão augusta posição! Abandonai vossos palácios e apressai-vos para que sejais admitidos a seu Reino. Em verdade, isto vos será proveitoso tanto neste mundo como no vindouro. O Senhor do reino nas alturas testemunho disso - se apenas o soubésseis.

Quão grande ventura espera o rei que se levantar a fim de promover Minha Causa em Meu Reino, desprendendo-se de tudo menos de Mim! Tal rei é contado entre os companheiros do Arco Rubro, Arco este que Deus preparou para o povo de Bahá.Todos lhe devem glorificar o nome, reverenciar a posição e prestar auxílio em abrir as cidades com as chaves de Meu Nome, onipotente Protetor de todos os que habitam os reinos visíveis e invisíveis. Tal rei é a própria vista da humanidade, o luminoso ornamento na fronte da criação, manancial de bênçãos para o mundo inteiro. Oferecei, ó povo de Bahá, vossa substância, ainda mais, vossa própria vida, em seu auxílio.

Nada pedimos de vós. Por amor a Deus, em verdade, vos exortamos, e seremos pacientes assim como temos sido pacientes naquilo que Nos sucedeu em vossas mãos, ó assembléia de reis.

Ó REI DA TERRA! Daí ouvidos à Voz de Deus, chamando desta Árvore sublime, cheia de frutos, que brotou da Colina Carmesim, sobre a Planície santa, entoando as palavras: - “Não outro Deus senão Ele, o Grande, o Todo-Poderoso, o Onisciente…” Temei a Deus, ó assembléia dos reis e não vos deixeis ser privados desta mais sublime graça. Rejeitai, pois, as coisas que possuis, e segurai-vos ao Amparo de Deus, o Excelso, o Grande. Volvei vossos corações para a Face de Deus e abandonai aquilo que vossos desejos vos tem mandado seguir, e não sejais dos que perecem. Relata-lhes, ó servo, a história de ´Alí (o Báb) quando Ele lhes veio com a verdade, trazendo Seu Livro glorioso e ponderado, segurando nas mãos um testemunho e uma prova concedida por Deus, e emblemas santos, benditos, por Ele enviados. Vós, porém, ó reis, deixastes de atender à lembrança de Deus em Seus dias e de ser guiados pelas luzes surgidas, brilhantes, por cima do horizonte do Céu esplendoroso. Não examinastes Sua Causa, mas se assim tivésseis feito, isso teria sido melhor para vós do que tudo aquilo sobre que o sol brilha, pudésseis apenas perceber isto. Vós vos mantivestes indiferentes até que os sacerdotes da Pérsia aqueles cruéis pronunciaram sentença contra Ele e injustamente O trucidaram. Seu espírito ascendeu a Deus, e os olhos dos moradores do Paraíso e dos anjos próximos Dele prantearam por causa dessa crueldade. Guardai-vos de descuidar doravante, assim como tendes descuidado até agora. Voltai-vos, pois, para Deus, vosso Criador, e não sejais dos desatentos… Meu semblante saiu de trás dos véus e irradiou seu esplendor sobre tudo o que está no céu e na terra; e, no entanto, não Lhe volvestes a face, embora para Ele fosseis criados, ó assembléia de reis! Segui, pois, o que vos falo, e escutai-o com vossos corações, e não sejais dos que se desviaram. Porque vossa glória não consiste em vossa soberania, mas, antes, em vossa proximidade de Deus e em vossa obediência a Seu mandamento que baixou do céu em Suas Santas Epístolas preservadas.

Se um de vós tivesse domínio sobre toda a terra, sobre tudo o que se acha dentro dela e sobre ela, seus mares, seus países, suas montanhas e suas planícies, mas, no entanto, não fosse lembrado por Deus, tudo isso proveito algum lhe traria se apenas pudésseis saber isso… Levantai-vos, pois, e fazei firmes vossos pés e, em compensação por aquilo que vos escapou, dirigir-vos à Sua Santa Corte, à beira de Seu grandioso oceano, a fim de que as pérolas do conhecimento e da sabedoria guardadas por Deus na concha de Seu coração radiante, se vos possam revelar… Guardai-vos de impedir que os sopros de Deus emanem sobre vossos corações sopros através dos quais se animam os corações dos que para Ele se volveram…

Guardai-vos de tratar de um modo injusto a quem vos fizer apelo ou buscar amparo à vossa sombra. Segui o caminho do temor a Deus, e sede dos que têm uma vida piedosa. Não dependais de vosso poder, nem de vossos exércitos e tesouros. Ponde toda a vossa confiança em Deus, que vos criou, e buscai Sua ajuda em todos os vossos assuntos. Somente Dele vem o socorro. Ele ajuda a quem Lhe aprouver, com as hostes dos céus e da terra.

Sabei que os pobres são a incumbência de Deus em vosso meio. Cuidai de não trairdes Sua incumbência, não os tratando com injustiça ou seguindo os caminhos dos traiçoeiros. Havereis, certamente, de responder por Sua incumbência, no dia em que for ajustada a Balança da Justiça, no dia em que cada um receberá o que merece, e se pesarão os atos de todos os homens, sejam ricos ou pobres.

Se não atenderdes aos conselhos que Nós vos revelamos nesta Epístola, em linguagem incomparável e inequívoca, o castigo divino haverá de vos atacar de todos os lados, e a sentença de Sua justiça será pronunciada contra vós. Naquele dia, não tereis o poder de Lhe resistir e reconhecereis vossa própria impotência. Tende compaixão de vós próprios e daqueles debaixo de vosso domínio e julgai entre eles segundo as normas prescritas por Deus em Sua sacratíssima e excelsa Epístola Epístola na qual Ele designou para cada coisa sua medida fixa, e deu com clareza uma explicação de todas as coisas, e a qual, em si, é uma advertência aos que Nele crêem.

Examinai Nossa Causa, informando-vos das coisas que Nos aconteceram e decidindo com justiça entre Nós e Nossos inimigos, e sede dos que tratam seu próximo com equidade. Se não detiverdes a mão do opressor, se deixardes de salvaguardar os direitos dos oprimidos, que razão, pois, tereis de vos ufanar entre os homens? De que tendes o direito de vos jactar? Será de vosso alimento e vossa bebida que vos orgulhais, das riquezas que acumulais em vossos tesouros, ou da variedade e do valor dos ornamentos com que vos adornais? Fosse a glória verdadeira consistir na posse de coisas tão perecedoras, então a terra onde andais se deveria vangloriar sobre vós, pois é ela que vos supre e concede essas coisas, segundo o decreto do Todo-Poderoso. Nas entranhas da terra está contido tudo o que vós possuis, de acordo com o mandamento de Deus. Dela, como sinal de Sua misericórdia, extraís vossas riquezas. Vede, pois, vosso estado, a coisa de que vos gloriais! Oxalá pudésseis perceber isto! Não, por Aquele que segura na mão o domínio da criação inteira! Em parte alguma reside vossa glória verdadeira e durável, senão em vossa firme adesão aos preceitos de Deus, vossa obediência cordial às Suas leis, vossa resolução de não permitir que elas permaneçam sem efeito, e de seguir fielmente o caminho certo…

Passaram-se vinte anos, ó reis, durante os quais provamos cada dia a agonia de uma nova tribulação. Nenhum de Nossos antecessores suportou o que Nós temos suportado. Oxalá pudésseis perceber isso! Os que contra Nós se levantaram, Nos têm trucidado, derramando Nosso sangue, espoliando-Nos dos bens e violando Nossa honra. Vós, no entanto, embora cientes da maior parte de Nossas aflições, não detivestes a mão do agressor. E não é claramente vosso dever reprimir a tirania do opressor e tratar com equidade vossos súditos, a fim de demonstrar plenamente a toda a humanidade vosso alto sentido de justiça?

Deus entregou às vossas mãos as rédeas do governo do povo, para que possais reger com justiça, salvaguardando os direitos dos espezinhados e punindo os malfeitores. Se descuidardes do dever que Deus vos prescreveu em Seu Livro, vossos nomes serão incluídos nos daqueles que, a Seu ver, são injustos. Lastimável, de fato, será vosso erro. Quereis aderir àquilo tramado pelas vossas próprias imaginações, repelindo os mandamentos de Deus, o Excelso, o Inatingível, o Predominante, o Todo-Poderoso? Renunciando o que vós possuís, segurai-vos àquilo que Deus vos mandou observar. Sua graça é o que deveis buscar, pois quem a busca trilha Sua Vereda reta…

Adverte e informa o povo, ó Servo, daquilo que Nós fizemos descer a Ti… Aproxima-se o dia em que Deus terá exaltado Sua Causa e magnificado Seu testemunho aos olhos de todos os que se acham nos céus e na terra. Sob todas as condições, põe Tua inteira confiança em Teu Senhor e fixa Nele Teu olhar, afastando-Te daqueles que repudiam Sua Verdade. Que Deus, Teu Senhor, Te seja suficiente para socorro e ajuda. Comprometemo-nos a garantir Teu triunfo na terra e exaltar Nossa Causa acima de todos os homens, embora nenhum rei seja encontrado que queira voltar sua face para Ti.

Ó REI DA TERRA! Nós vos vemos aumentardes todo ano, vossas despesas, o peso das quais pondes sobre vossos súditos. Isso, em verdade, é inteira e vergonhosamente injusto. Temei os suspiros e as lágrimas deste Injuriado e não ponhais encargos excessivos sobre vossos povos. Não os roubeis a fim de erguerdes palácios para vós próprios; não, antes, escolhei para eles o que escolheis para vós mesmos. Assim desdobramos ante vossos olhos o que vos é proveitoso se apenas o percebêsseis. Vossos povos são vossos tesouros. Acautelai-vos para que vosso governo não viole os mandamentos de Deus, e não entregueis vossos tutelados às mãos de ladrões. Pelos vossos povos é que governais, por meio deles subsistis, pela sua ajuda ganhais vossas vitórias. No entanto, com que desdém olhais para eles! Que estranho, muito estranho!

Agora que recusastes a Paz Maior, segurai-vos a essa, a Paz Menor, a fim de que possais, em algum grau, melhorar vossa própria condição e a daqueles que de vós dependem.

Ó governantes da terra! Sede reconciliados entre vós, para que não mais necessiteis de armamentos, salvo na medida precisa a fim de proteger vossos territórios e domínios. Guardai-vos de desprezar o conselho do Onisciente, do Fiel.

Uni-vos, ó reis da terra, pois assim a tempestade da discórdia se aquietará entre vós, e vosso povo encontrará sossego se sois dos que compreendem. Se alguém dentre vós lançar mão de armas contra outro, levantai-vos contra ele, pois isso nada mais é que justiça manifesta.

DEUS UNO E VERDADEIRO exaltada seja Sua glória sempre considerou e de considerar os corações dos homens como Sua própria e exclusiva possessão. Tudo mais quer seja pertinente à terra ou ao mar, seja riqueza ou glória, - Ele o legou aos reis e governantes da terra. Desde o princípio que não teve princípio, desdobrou-se em pleno esplendor em face de Seu Manifestante, a bandeira que proclama as palavras: “Ele faz qualquer coisa que queira”. O que a humanidade necessita, neste Dia, é obediência àqueles que possuem a autoridade, e adesão fiel à corda da sabedoria. Os instrumentos essenciais à proteção imediata, à segurança e tranqüilidade do gênero humano foram confiadas às mãos dos governantes da sociedade humana e se acham em seu poder. É este o desejo de Deus e Seu decreto… Alimentamos a esperança de que um dos reis da terra, por amor a Deus, se levantará para o triunfo deste povo ultrajado e opresso. A tal rei caberão glória e elogios eternos… A este povo Deus prescreveu o dever de apoiar a quem lhe desse apoio, de servir seus interesses e demonstrar lealdade inabalável. Quem me segue deve, sob todas as circunstâncias, se empenhar em promover o bem-estar de quem quer que se levante para o triunfo de Minha Causa, dando-lhe em todos os tempos, provas de sua devoção e fidelidade. Feliz o homem que ouça e observe Meu conselho e ai de quem deixe de cumprir Meu desejo.

NAPOLEÃO III

Ó REI DE PARIS! Dize ao padre que não mais toque os sinos. Por Deus, o Verdadeiro! Apareceu o Sino Mais Poderoso na forma Daquele que é o Maior Nome, e os dedos da vontade de teu Senhor, o Excelso, o Altíssimo, o fazem soar no céu da imortalidade, em Seu Nome, o Todo-Glorioso. Assim os poderosos versículos de teu Senhor se fizeram descer outra vez para ti, a fim de que te levantasses para comemorar a Deus, Criador da terra e do céu, nestes dias era que todas as raças da terra se têm lastimado, e as fundações das cidades tremido, e a poeira da irreligião envolve todos os homens, salvo aqueles aos quais teu Senhor, o Onisciente, a Suma Sabedoria, quis eximir.

Dize: Ele, o Incondicionado, veio, nas nuvens da luz, para despertar todas as coisas criadas com as brisas de Seu Nome, o Mais Misericordioso, unificar o mundo e reunir todos os homens em torno desta Mesa que Ele fez descer dos céus. Cuida-te em não negares os favores de Deus que têm sido derramados sobre ti. Melhor é isto para ti do que tudo o que possues; pois o que é teu, perecerá, enquanto o que é de Deus, permanecerá. Ele, em verdade, ordena o que deseja. Verdadeiramente, as brisas do perdão têm soprado da direção de teu Senhor, o Deus de Misericórdia; aquele que para seu lado se voltar, será limpo de seus pecados e de todas as dores e doenças. Feliz o homem que para elas se volta e ai do que se tem desviado.

Volvesses tu teu íntimo ouvido para todas as coisas criadas, ouviria: “O Ancião dos Dias veio em Sua Grande Glória”. Todas as coisas celebram o louvor de seu Senhor. Alguns têm conhecido a Deus e se lembrado Dele; outros O lembram, mas não O conhecem. Assim, revelamos Nosso decreto em uma Epístola evidente.

ouvidos, ó rei, à Voz que chama do Fogo ardendo nesta Árvore verdejante, sobre este Sinai que se ergueu acima do sagrado Lugar níveo, além da Cidade Eterna: “Verdadeiramente, não outro Deus senão Eu, o Infalível Perdão, o Mais Misericordioso!” Nós, em verdade, enviamos Aquele a Quem ajudamos com o Espírito Santo (Jesus Cristo), a fim de vos anunciar esta Luz que brilhou do horizonte da vontade de vosso Senhor, o Excelso, o Todo-Glorioso, e cujos sinais foram revelados no Ocidente, para que vós volvêsseis a face para Ele (Bahá´u´lláh) neste Dia que Deus exaltou acima de todos os outros dias, e em que o Todo-Misericordioso irradiou o esplendor de Sua fulgente glória sobre todos os que estão no céu e todos os que estão na terra.

Levanta-te para servir a Deus e promover Sua Causa. Ele, em verdade, ajudar-te-á com as hostes dos visíveis e dos invisíveis, e te fará rei de tudo aquilo sobre o que o sol se levanta. Teu Senhor, em verdade, é o Onipotente, o Todo-Poderoso.

As brisas do Mais Misericordioso têm soprado sobre todas as coisas criadas; feliz o homem que descobriu sua fragrância e para elas se voltou com o coração firme. Adorna tuas têmporas com o ornamento de Meu Nome e tua língua com a lembrança de Mim, e teu coração com amor a Mim, o Todo-Poderoso, o Altíssimo. Nada desejamos para ti senão o que te é melhor que todas as tuas possessões e todos os tesouros da terra. Teu Senhor, em verdade, é o Conhecedor, O ciente de tudo. Levanta-te, em Meu Nome, entre Meus servos, e dize: “Ó vós, povos da terra! Voltai-vos para Aquele que se voltou para vós. Ele, verdadeiramente, é a Face de Deus entre vós, e Seu Testemunho e Sua Guia para vós. Ele veio a vós com sinais que ninguém pode produzir”. A voz da Sarça Ardente se levanta no mais íntimo recanto do mundo e o Espírito Santo conclama a todas as nações: “Vede, o Desejado de todos veio com evidente domínio!”

Ó Rei! As estrelas do céu do conhecimento têm caído, aqueles que procuram estabelecer a verdade de Minha Causa através das coisas que possuem, e aqueles que fazem menção de Deus, em Meu Nome. E, contudo, quando Eu, em Minha Glória me manifestei a eles, afastaram-se. Em verdade, são dos perdidos. Isto verdadeiramente, foi o que o Espírito de Deus (Jesus Cristo) anunciou, quando vos veio com a Verdade Aquele com quem os doutores judeus disputaram, até que, finalmente, perpetraram o que fez lamentar o Espírito Santo e caírem as lágrimas daqueles que têm próximo acesso a Deus…

Ó Rei! Ouvimos as palavras que pronunciaste em resposta ao Tzar da Rússia, a respeito da decisão tomada sobre a guerra (Guerra da Criméa). Teu Senhor, em verdade, sabe, está informado de tudo. Disseste: “Eu estava adormecido em meu leito, quando o grito dos oprimidos, afogando-se no Mar Negro, me acordou”. Foi o que te ouvimos dizer e, em verdade, teu Senhor é testemunha daquilo que digo. Testificamos que não despertaste por causa de seu grito, mas, sim, estimulado pelas tuas próprias paixões, pois Nós te provamos e te julgamos falho. Compreende o significado de Minhas palavras e dos que discernem. Não é Nosso desejo dirigir a ti palavras de condenação, pois consideramos a dignidade que conferimos a ti nesta vida mortal. Na verdade, escolhemos a cortesia e fizemos dela o verdadeiro sinal daqueles que se encontram próximo Dele. A cortesia é, em verdade, uma vestimenta que convém a todos os homens, sejam jovens ou velhos. Bem estará aquele que adornar seu templo humano com ela, e lastimável o que estiver privado desta grande dádiva. Tivesses tu sido sincero em tuas palavras, não terias lançado atrás de ti o Livro de Deus quando te foi enviado por Aquele que é o Todo-Poderoso, o Onisciente. Nós te temos provado por seu intermédio e te achado diferente do que professaste. Levanta-te e faze retribuição por aquilo que te escapou. Dentro em breve o mundo e tudo o que tu possues perecerão e o reino restará a Deus, teu Senhor e o Senhor de teus pais de antanho. Não te convém proceder segundo os ditames de teus desejos. Teme os suspiros deste Injuriado e protege-O contra os dardos daqueles que agem com injustiça. Por causa daquilo que fizeste, prevalecerá confusão em teu reino, e teu império passará de tuas mãos em punição pelos teus feitos, e saberás, pois, que erraste, claramente. Comoções haverão de apoderar-se de todo o povo nesse país, a menos que te levantes para ajudar esta Causa e sigas Aquele que é o Espírito de Deus (Jesus Cristo) neste Caminho Reto. Será que tua pompa te haja tornado orgulhoso? Por Minha Vida! Não durará; não, muito breve de passar, a menos que te segures firmemente a esta Corda forte. Vemos humilhação se aproximar de ti rapidamente, enquanto tu és dos desatentos. Quando ouvires Sua Voz chamando do trono de glória, deverás deixar de lado tudo o que possues e exclamar: “Aqui estou, ó Senhor de tudo o que existe no céu e de tudo o que existe na terra!”

Ó Rei! Estávamos no Iraque quando a hora da partida chegou. Por determinação do Rei do Islam (Sultão da Turquia) dirigimos Nossos passos nesta direção. Ao chegarmos, aconteceu-Nos, nas mãos dos maliciosos, aquilo que os livros do mundo jamais poderão descrever adequadamente, o que fez os habitantes do Paraíso e aqueles que vivem dentro dos recintos da santidade lamentarem; e não obstante, o povo continua encerrado em grosso véu!…

Mais penosa se tornou Nossa situação, dia a dia, ou melhor, hora a hora, até que Nos tiraram de Nossa Prisão e nos fizeram entrar, com flagrante injustiça, na Maior Prisão.

Sabes que, em verdade, és responsável perante Deus por teus súditos. Cuida deles, pois, como cuidas de ti mesmo. Atenta para não permitires que lobos se tornem os pastores do rebanho, nem que o orgulho e a soberba te impeçam de cuidar dos pobres e desolados. Levanta-te, em Meu Nome, acima do horizonte da renúncia e volta tua face para o Reino, a mando de teu Senhor, o Senhor de força e poder.

Adorna o corpo de teu reino com as vestes de Meu Nome e levanta-te, então, para ensinar Minha Causa. Melhor é isto para ti do que tudo o que possues. Deus, por isso, exaltará teu nome entre todos os reis. Potente é Ele sobre todas as coisas. Caminha tu entre os homens em nome de Deus e pelo poder de sua Onipotência, a fim de que possas demonstrar Seus sinais aos povos da terra…

Considera o mundo como o corpo de um homem que padece de diferentes males e cuja cura depende da harmonia de todos os seus elementos componentes. Aproxima-te daquilo que te prescrevemos e não palmilhes os caminhos daqueles que criam dissensão. Medita sobre o mundo e o estado de seus povos. Aquele por amor a Quem o mundo foi chamado à existência, está prisioneiro na mais desolada das cidades (Akká), devido àquilo que as mãos dos maliciosos fizeram. Do horizonte de Sua cidade-prisão, Ele conclama a humanidade para o Alvorecer de Deus, o Excelso, o Grande. Tu te exultas com os tesouros que possues, sabendo que perecerão? Enalteces-te por reinares sobre um pedaço de terra, quando o mundo todo, na apreciação do povo de Bahá, vale tanto quanto a pupila dos olhos de uma formiga morta? Abandona isso para os que têm suas afeições nessas riquezas e volta-te para Aquele que é o Desejo do mundo. Para onde foram os orgulhosos e seus palácios? Examina seus túmulos, para que possas aprender por este exemplo, pois dele fizemos uma lição para todos os observadores. Pudessem as brisas da Revelação te atingir, fugirias do mundo e voltar-te-ias para o Reino, e gastarias tudo o que possues para poderes aproximar-te desta Sublime Visão.

TZAR ALEXANDRE II

Ó TZAR DA RÚSSIA! Inclina teu ouvido à voz de Deus, o Rei, o Santo, e volve-te para o Paraíso, lugar onde habita Aquele que, dentre a Assembléia no alto, possui os mais excelentes títulos e que, no reino da criação, é chamado pelo Nome de Deus, o Fulgente, o Todo Glorioso. Acautela-te para que teu desejo não te impeça de te volver para a face de teu Senhor, o Compassivo, o Mais Misericordioso. Nós, em verdade, ouvimos aquilo que suplicaste a teu Senhor enquanto comungavas secretamente com Ele. Por isso os sopros de Minha misericórdia emanavam e o mar de Minha mercê encapelava-se, e Nós respondemos a ti em verdade. Teu Senhor, verdadeiramente, é Quem tudo sabe, o Sapientíssimo. Enquanto Eu estava acorrentado e algemado na prisão, um de teus ministros prestou-Me seu auxílio. Por isso Deus te ordenou uma posição que o conhecimento de pessoa alguma pode compreender, salvo Seu conhecimento. Guarda-te de desbaratar essa posição sublime… Acautela-te para que tua soberania não te impeça Daquele que é o Soberano Supremo. Em verdade, Ele veio com Seu Reino, e todos os átomos clamam em altas vozes: “Eis! o Senhor vindo em Sua grande majestade!” Aquele que é o Pai veio, e o Filho (Jesus), no vale santo, exclama: “Eis-me, eis-me, ó Senhor meu Deus!” enquanto Sinai rodeia a Casa e a Sarça Ardente clama altamente: “Veio o Todo-Generoso, montado sobre as nuvens! Bem-aventurado quem Dele se aproximar, e ai dos que estão afastados”.

Levanta-te entre os homens em nome desta Causa predominante e convoca, pois, as nações a Deus, o Excelso, o Grande. Não sejas dos que invocaram a Deus por um de Seus Nomes mas que, ao aparecer Aquele que é Objeto de todos os nomes, O negaram e Dele se afastaram, e finalmente pronunciaram sentença contra Ele, com injustiça manifesta. Considera e recorda os dias em que apareceu o Espírito de Deus (Jesus), e Herodes O condenou. Deus, entretanto, Lhe concedeu o amparo das hostes invisíveis, protegeu-O com a verdade O mandou para outra terra, segundo Sua promessa. Ele, em verdade, ordena o que Lhe apraz. Teu senhor preserva, verdadeiramente, a quem Ele deseja, quer se ache no meio dos mares, quer na garganta da serpente ou debaixo da espada do opressor…

Outra vez digo: ouvidos à Minha Voz que clama de Minha prisão, a fim de te informares das coisas que sucederam à Minha Beleza nas mãos daqueles que são as manifestações de Minha glória, e a fim de perceberes como foi grande Minha paciência, não obstante Meu poder, e imensa Minha tolerância, apesar de Meu predomínio. Por Minha Vida! Pudesses tu apenas saber das coisas emitidas por Minha Pena, e descobrir os tesouros de Minha Causa e as pérolas de Meus mistérios que jazem ocultas nos mares dos Meus nomes e nos cálices das Minhas Palavras, tu, em teu amor por Meu nome e em tua ânsia por Meu Reino glorioso e sublime, quererias oferecer tua vida em Meu caminho. Sabe tu que, embora Meu corpo esteja debaixo das espadas dos inimigos e Meus membros assediados de aflições incalculáveis, no entanto, Meu espírito está cheio de uma alegria com a qual todos os prazeres da terra jamais poderão ser comparados.

Dirige teu coração Àquele que é Alvo da adoração do mundo, e dize: - Ó povos da terra! Negastes Aquele em Cuja senda foi martirizado o Portador da verdade, quando trazia o anúncio de vosso Senhor, o Excelso, o Grande? Dize: Este é um anúncio que regozijou os corações dos Profetas e Mensageiros. É Aquele de Quem o coração do mundo se lembra, o Prometido dos Livros de Deus, o Poderoso, o Onisciente. As mãos dos Mensageiros, em seu desejo de Me encontrar, ergueram-se para Deus, o Poderoso, o Glorificado… Alguns se lamentaram em sua separação de Mim, outros sofreram durezas em Meu caminho e ainda outros sacrificaram a vida por amor à Minha Beleza pudésseis apenas saber isso. Dize: Eu, em verdade, não visei a exaltar a Mim Mesmo, mas antes ao próprio Deus fosseis vós julgar com equidade. Nada pode ser visto em Mim a não ser Deus e Sua Causa pudésseis apenas perceber isto. Sou Aquele a Quem a língua de Isaias exaltou, sou Aquele Cujo nome tanto a Tora como o Evangelho se adornaram… Bem-aventurado o rei cuja soberania não o impediu de seu Soberano e que de coração se volveu para Deus. Ele, em verdade, é incluído no número dos que atingiram o que Deus, o Poderoso, o Onisciente, ordenou. Tal rei será em breve contado entre os monarcas dos domínios do Reino. Teu Senhor, em verdade, é potente sobre todas as coisas. Ele o que deseja a quem Ele queira; e a quem Ele queira, nega o que Ele deseja. Ele, em verdade, é o Todo-Poderoso, o Onipotente.

RAINHA VITÓRIA

Ó RAINHA EM LONDRES! Inclina teu ouvido para a voz de teu Senhor, o Senhor de toda a humanidade, que clama do Loto Divino: Verdadeiramente, nenhum Deus senão Eu, o Todo-Poderoso, o Onisciente! Rejeita tudo o que está na terra, e, cinge a cabeça de teu reino com o diadema da lembrança de teu Senhor, o Todo-Glorioso. Ele, em verdade, veio ao mundo em Sua mais plena glória, cumprindo tudo o que foi mencionado no Evangelho. A terra da Síria foi honrada pelas pegadas de seu Senhor, Senhor de todos os homens, e norte e sul, ambos se inebriam com o vinho de Sua Presença. Bem-aventurado o homem que inalou a fragrância do Mais Misericordioso e se voltou para a Aurora de Sua Beleza, neste Amanhecer resplandecente. A Mesquita de Aqsá vibra com os sopros de seu Senhor, o Todo-Glorioso, enquanto Bathá (Meca) tremula ante a voz de Deus, o Excelso, o Altíssimo. E com isso, cada uma de suas pedras rende louvores ao Senhor por intermédio deste Grande Nome.

Renuncia teu desejo e dirige teu coração a teu Senhor, o Ancião dos Dias. Fazemos menção de ti por amor a Deus e desejamos que teu nome seja exaltado pela tua comemoração de Deus, Criador da terra e do céu. Ele, em verdade, testemunho daquilo que digo. Fomos informados de que tu proibiste o tráfico de escravos, tanto de homens como de mulheres. Isso, em verdade, é o que Deus ordenou nesta Revelação maravilhosa. Deus, em verdade, te destinou uma recompensa por isso. A quem fizer o bem, Ele, em verdade, remunerará devidamente fosses tu seguir o que te foi enviado por Aquele que é o Onisciente, O de tudo informado. Quanto àquele que se desviar e se inchar de orgulho após lhe haverem vindo os sinais claros, provenientes do Revelador dos sinais, Deus reduzirá sua obra a nada. Ele, em verdade, tem poder sobre todas as coisas. As ações do homem são aceitáveis depois de haver ele reconhecido (o Manifestante). Quem se desviar do Verdadeiro é, de fato, a mais velada entre Suas criaturas. Assim foi decretado por Aquele que é o Onipotente, o Mais Poderoso.

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